sábado, 17 de setembro de 2011

CRIANÇAS X TRABALHO



Historicamente sempre nos confrontamos com os chamados complexos de gerações buscando explicações sobre o porquê de crianças e adultos caminharem em direções opostas na sociedade em que estamos inseridos.

Desde sua colonização até os dias atuais, uma característica do Brasil é a expropriação da mão-de-obra barata pelos poderosos que administram o capital brasileiro. Foram explorados índios, negros, homens brancos de baixa renda que viviam ou vivem em servidão aos donos do capital, que mandam pela força de uma exploração selvagem que reina até hoje, em nosso país.

As crianças herdeiras do fracasso financeiro de seus familiares não tem como fugir a regra. Pela a história da formação de nossas etnias, elas foram exploradas no monocultivo da cana-de-açúcar na zona canavieira, nos laranjais do sul do Brasil, na cultura algodoeira do nordeste brasileiro, além de diversas outras atividades de trabalho nos grandes centros urbanos do território nacional.

Com as ressalvas acima, há uma demonstração que numericamente acumulou-se no Brasil no decorrer de sua história: a existência de algumas razões que devem ser apontadas sobre a exploração das crianças em atividades diversas, que comprometem sua dedicação a escola e aos estudos, o que de certa forma, compromete também, o desenvolvimento e crescimento intelectual das mesmas.

É comum depoimentos de pessoas com faixa etária avançada demonstrar insatisfação por desconhecerem o saber, em virtude de terem sido exploradas pelo trabalho quando crianças. Contudo, graças a constituição federal de 1988, houve uma demonstração de preocupação em relação às crianças por parte dos legisladores sobre como os adultos, Estado e sociedade devem atendê-las. A regulamentação 8069/90 destaca que devemos tratá-las, especialmente, oportunizando-as o crescimento intelectual e moral.

Nesse sentido, pode-se considerar que a maturidade de uma sociedade em busca da formação de homens de valores com base na ética e moral é adequado que procure valorizar a criança e empenhe-se na sua formação, para que possamos formar homens de caráter, onde reina a justiça e a solidariedade, evitando que homens sejam discriminados entre si, para que possa vencer a violência e a exploração do homem pelo homem.



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