O campo das dificuldades de aprendizagem tem suas origens nos Estados Unidos e Canadá, delimitando-se oficialmente a partir de 1963, quando em 06 de Abril deste ano, um grupo de pais reuniu-se em Chicago por terem algum filho que manifestavam dificuldades persistentes na aprendizagem da leitura.
O renomado Psicólogo Samuel Kirk, que trabalhava com crianças com atraso mental, dificuldades da linguagem e da leitura, propôs que esses inexplicáveis obstáculos observados na aprendizagem da leitura, que não se relacionavam ao nível intelectual, ambiental ou educativo, poderiam ser chamados de dificuldades de aprendizagem.
Sleeter (1990) explica que as dificuldades de aprendizagem foram criadas para justificar o fracasso das crianças oriundas de grupos sociais privilegiados.
Miller (1993) pontua que as dificuldades de aprendizagem não passam de justificativa para o recebimento de fundos e serviços educativos. Ele acredita que o mito das dificuldades tornou-se real a partir de três crenças: de que a causa das dificuldades está no indivíduo; de que essas pessoas são inferiores em sua capacidade de aprendizagem acadêmica; e de que necessitavam de ajuda e aulas especiais para solucionar suas dificuldades.
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