O alemão Friedrich Froebel (1782-1852) é considerado o formador das crianças pequenas, pois foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas.
Froebel viveu numa época de mudança de concepções sobre a criança e esteve à frente desse processo na área pedagógica, como fundador dos jardins de infância, destinados aos menores de 8 anos.
As técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil devem muito a Froebel. Para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem, não sendo apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo.
Ao mesmo tempo em que pensou sobre a prática escolar, ele se dedicou a criar um sistema filosófico que lhe desse sustentação. Assim, teorizou que a Educação deveria trabalhar os conceitos de unidade e harmonia, pelos quais as crianças alcançariam a própria identidade e sua ligação com o eterno. A importância do autoconhecimento não se limitava à esfera individual, mas seria ainda um meio de tornar melhor a vida em sociedade.
Segundo esse educador, a criança trazia em si a semente divina de tudo o que há de melhor no ser humano. Cabia à Educação desenvolver esse germe e não deixar que se perdesse. Para ele, a Educação se desenvolve espontaneamente e quanto mais ativa é a mente da criança, mais ela é receptiva a novos conhecimentos.
Esse educador acreditava que as crianças trazem consigo uma metodologia natural que as leva a aprender de acordo com seus interesses e por meio de atividade prática. Segundo sua teoria, a criança passa por diferentes estágios de capacidade de aprendizado, antecipando as ideias do suíço Jean Piaget (1896-1980).
Froebel não fez a separação entre religião e ensino, consagrada atualmente, mas via a Educação como uma atividade em que a escola e família caminham juntas, outra característica que o aproxima da prática contemporânea.
Síntese extraída da Revista Nova Escola. Compilação dos volumes 1 e 2 dos grandes pensadores. Ed. Especial, nº 25. Editora Abril. Julho 2009.
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