No contexto educacional atual, vêm-se buscando alternativas viáveis para levar o aluno a compreender na plenitude os conteúdos curriculares. Conforme os atuais estudos, o caminho mais seguro para que ele atinja essa compreensão, seria trabalhar as disciplinas curriculares de forma integrada, numa perspectiva interdisciplinar, sobretudo, através de projetos.
Trabalhar numa perspectiva interdisciplinar é uma prática recente e inovadora que vem surgindo no campo pedagógico e, segundo Luck (1994), “pretende superar a fragmentação do conhecimento”.
O movimento interdisciplinar iniciou-se em meadas de 1960, na Europa, mais especificamente, na França e Itália. Nesse contexto, ocorriam discussões e reivindicações por parte de professores e alunos para criação de um novo modelo estatutário de Universidade e de Escola.
Tais reivindicações eram em prol de uma nova forma de conceber o ensino e a pesquisa, pois para o contexto, já não era mais possível aceitar um conhecimento fragmentado e desconectado do cotidiano e organizações curriculares que privilegiassem apenas o conhecimento especializado.
Começou-se, assim, toda uma movimentação em torno da interdisciplinaridade, questionando-se as barreiras existentes entre as disciplinas curriculares, suas limitações, bem como as tradições de subdividir as áreas de conhecimento no currículo. Através das discussões, foram surgindo várias produções literárias em torno da temática, contribuindo para o redimensionamento das práticas de ensino vigentes até então.
No Brasil, as primeiras reflexões em torno da interdisciplinaridade ocorreram em meados de 1970, mediante os estudos de Hilton Japiassú e Ivani Fazenda.
Referência:
LUCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos teóricos metodológicos. Petrópolis, Vozes,1994.
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