domingo, 31 de julho de 2011

SÍNTESE HISTÓRICA E FILOSÓFICA DA EDUCAÇÃO: AS IDEIAS DE OVIDE DECROLY



O belga Ovide Decroly (1871-1932) foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender.

Por ter sido na infância, um estudante indisciplinado, que não se adaptava ao autoritarismo da sala de aula nem do próprio pai, Decroly dedicou-se apaixonadamente a experimentar uma escola centrada no aluno, e não no professor, e que preparasse as crianças para viver em sociedade, em vez de simplesmente fornecer a elas conhecimentos destinados a sua formação profissional.

Alguns de seus pensamentos ainda estão bem vivos atualmente. É o caso do princípio de globalização, no qual se baseia na ideia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo, que posteriormente pode se organizar em partes, ou seja, que vai do caos a ordem.

Decroly discute conceitos como os de necessidade e interesse. Segundo ele, a necessidade gera o interesse e só ele leva ao conhecimento. Atribuía às necessidades básicas a determinação da vida intelectual e classifica em quatro às necessidades humanas: comer, abrigar-se, defender-se e reproduzir.

A marca principal da escola decroliana são os centros de interesse, nos quais os alunos escolhem o que querem aprender. São eles também que constroem o próprio currículo, segundo seu interesse e sem a separação tradicional entre as disciplinas. O que hoje é difundido como sendo o conceito de interdisciplinaridade.

No campo da expressão, decroly já pensava no conceito de linguagens múltiplas. Assim, para ele, não só a palavra é meio de expressão, mas também, entre outros, o corpo, o desenho, a construção e a arte.


Síntese extraída da Revista Nova Escola. Compilação dos volumes 1 e 2 dos grandes pensadores. Ed. Especial, nº 25. Editora Abril. Julho 2009.

SÍNTESE HISTÓRICA E FILOSÓFICA DA EDUCAÇÃO: AS IDEIAS DE JONH DEWEY


O filósofo norte-americano Jonh Dewey (1859-1952), influenciou educadores de várias partes do mundo em virtude de suas inovadoras concepções sobre o processo educativo, entre elas: a necessidade de valorização da capacidade de pensar dos alunos, de prepará-los para questionar a realidade, de unir teoria-prática e problematizá-la.

Dewey é o nome mais importante da corrente filosófica de conhecimento conhecida como pragmatismo - escola de pensamento na qual as ideias só têm importância desde que sirvam de instrumentos para resolução de problemas reais. No Brasil influenciou o Movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da Educação.

No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na Educação progressiva. Para ele, um dos objetivos principais da Educação é educar a criança para o seu crescimento físico, emocional e intelectual, ou seja, educá-la como um todo.

Dewey tinha por princípio que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Assim, atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas.

Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma escola-laboratório ligada à universidade onde lecionava para testar métodos pedagógicos. Acreditava na necessidade de estreitar a relação teoria e prática, pois entendia que as hipóteses teóricas só têm sentido no dia a dia.

Dewey tinha a crença de que o conhecimento é construído de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas. Para ele, o aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e que isso só é possível num ambiente democrático de cooperação.

Dewey também acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo de pessoas se comunicando, trocando ideias, sentimentos e experiências sobre situações práticas do dia a dia. Assim, entendia a escola como sendo um espaço onde as pessoas se encontram para educar e ser educadas, a aprender a viver no mundo. Nesse sentido, a experiência educativa para Dewey, é reflexiva, resultando em novos conhecimentos.


Síntese extraída da Revista Nova Escola. Compilação dos volumes 1 e 2 dos grandes pensadores. Ed. Especial, nº 25. Editora Abril. Julho 2009.



sábado, 30 de julho de 2011

MOMENTO POÉTICO





A Felicidade

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor


Vinicius de Morais

SÍNTESE HISTÓRICA E FILOSÓFICA DA EDUCAÇÃO: AS IDEIAS DE FRIEDRICH FROEBEL



O alemão Friedrich Froebel (1782-1852) é considerado o formador das crianças pequenas, pois foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas.

Froebel viveu numa época de mudança de concepções sobre a criança e esteve à frente desse processo na área pedagógica, como fundador dos jardins de infância, destinados aos menores de 8 anos.

As técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil devem muito a Froebel. Para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem, não sendo apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo.

Ao mesmo tempo em que pensou sobre a prática escolar, ele se dedicou a criar um sistema filosófico que lhe desse sustentação. Assim, teorizou que a Educação deveria trabalhar os conceitos de unidade e harmonia, pelos quais as crianças alcançariam a própria identidade e sua ligação com o eterno. A importância do autoconhecimento não se limitava à esfera individual, mas seria ainda um meio de tornar melhor a vida em sociedade.

Segundo esse educador, a criança trazia em si a semente divina de tudo o que há de melhor no ser humano. Cabia à Educação desenvolver esse germe e não deixar que se perdesse. Para ele, a Educação se desenvolve espontaneamente e quanto mais ativa é a mente da criança, mais ela é receptiva a novos conhecimentos.

Esse educador acreditava que as crianças trazem consigo uma metodologia natural que as leva a aprender de acordo com seus interesses e por meio de atividade prática. Segundo sua teoria, a criança passa por diferentes estágios de capacidade de aprendizado, antecipando as ideias do suíço Jean Piaget (1896-1980).

Froebel não fez a separação entre religião e ensino, consagrada atualmente, mas via a Educação como uma atividade em que a escola e família caminham juntas, outra característica que o aproxima da prática contemporânea.


Síntese extraída da Revista Nova Escola. Compilação dos volumes 1 e 2 dos grandes pensadores. Ed. Especial, nº 25. Editora Abril. Julho 2009.

SÍNTESE HISTÓRICA E FILOSÓFICA DA EDUCAÇÃO: AS IDEIAS DE JOHANN FRIEDRICH HERBART



O filósofo alemão Johann Friedrich Herbart (1776-1841) é considerado historicamente como o organizador da Pedagogia como ciência, tendo abrangente e sistematicamente definido seus fins e meios.

A estrutura teórica construída por Herbart se baseia numa filosofia do funcionamento da mente, por isso é considerado o pioneiro em vincular a pedagogia à psicologia do desenvolvimento.

Para Herbart, a mente funciona com base em representações – que podem ser imagens, ideias ou qualquer outro tipo de manifestação psíquica isolada. Ele negava a existência de faculdades mentais inatas.

Uma das contribuições mais duradouras de Herbart para a Educação é o princípio de que a doutrina pedagógica, para ser realmente científica, precisa comprovar-se experimentalmente - uma ideia do filósofo Immanuel Kant (1724-1804) que ele desenvolveu.

Na teoria herbartiana, memória, sentimentos e desejos são apenas modificações das representações mentais. Agir sobre elas, portanto, significa influenciar em todas as esferas na vida. Desse modo, Herbart criou uma teoria da Educação que pretende interferir diretamente nos processos mentais do estudante como meio de orientar sua formação.

Para Herbart, a Pedagogia tem como objetivo maior a formação moral do estudante. Ele considera a criança um ser moldado intelectual e psiquicamente por forças externas e, por essa razão, dá ênfase primordial ao conceito de instrução, definindo-a como sendo o instrumento para atingir os objetivos da Educação. Para ele, os procedimentos elementais da ação pedagógica são: governo, instrução e a disciplina.


Síntese extraída da Revista Nova Escola. Compilação dos volumes 1 e 2 dos grandes pensadores. Ed. Especial, nº 25. Editora Abril. Julho 2009.



sexta-feira, 29 de julho de 2011

MOMENTO POÉTICO




LIBERDADE
Ser livre é querer ir e ter um rumo
e ir sem medo,
mesmo que sejam vãos os passos.
É pensar e logo
transformar o fumo
do pensamento em braços.
É não ter pão nem vinho,
só ver portas fechadas e pessoas hostis
e arrancar teimosamente do caminho
sonhos de sol
com fúrias de raiz.
É estar atado, amordaçado, em sangue, exausto
e, mesmo assim,
só de pensar gritar
e só de pensar ir
ir e chegar ao fim.

De Armindo Rodrigues (1904 - 1993)

SÍNTESE HISTÓRICA E FILOSÓFICA DA EDUCAÇÃO: AS IDEIAS DE JOHANN HEINRICH PESTALOZZI



O suíço Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), antecipando as concepções do movimento da Escola Nova, que só surgiria na virada do século XIX para o XX, afirmava que a função principal do ensino era levar as crianças a desenvolver suas habilidades inatas e que o amor deflagra o processo de autoeducação.

Assim, a escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma extensão do lar como também inspirar-se no ambiente familiar para oferecer uma atmosfera de segurança e afeto.

Pestalozzi, não concordava totalmente com o elogio da razão humana. Para ele, só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral - isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade.

Sua vida e obra estão intimamente ligadas à religião. Foi seguidor do protestantismo e, inclusive, se preparou para o sacerdócio, mas abandonou a ideia em favor da necessidade de viver junto à natureza e de experimentar suas ideias a respeito da Educação.

A criança, na visão de Pestalozzi, se desenvolve de dentro para fora – ideia oposta à concepção de que a função do ensino é preenchê-la de informação. Considerava necessário ao professor respeitar os estágios de desenvolvimento da criança, dando atenção à sua evolução, às suas aptidões e necessidades. Para ele, o método pedagógico deveria inspirar-se na leitura e imitação da natureza.

Pestalozzi, entendia que o aprendizado deveria ser em grande parte conduzido pelo próprio aluno, com base na experimentação prática e na vivência intelectual, sensorial e emocional do conhecimento. Ou seja, na ideia do aprender fazendo. Segundo ele, o que importava não era tanto o conteúdo, mas o desenvolvimento de habilidades e valores.


Síntese extraída da Revista Nova Escola. Compilação dos volumes 1 e 2 dos grandes pensadores. Ed. Especial, nº 25. Editora Abril. Julho 2009.




SÍNTESE HISTÓRICA E FILOSÓFICA DA EDUCAÇÃO: AS IDEIAS DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU



As ideias do suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) se ligam inevitavelmente à Revolução Francesa, pois os lemas Igualdade e Liberdade foram objetos de exames profundos em seus estudos. O princípio fundamental de toda a obra de Rousseau é que o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corrupta da sociedade.

No que compreende a Igualdade, segundo seu pensamento, um dos sintomas das falhas da civilização em atingir o bem comum é a desigualdade, que pode ser de dois tipos: a que se deve às características individuais de cada ser humano e aquela causada por circunstâncias sociais.

No tocante à Liberdade, ele enfatiza que, ao renunciar à liberdade o homem abre mão da própria qualidade que o define como humano e, não está apenas impedido de agir, mas também, privado do instrumento essencial para realização do espírito. Para ele, um dos caminhos para recobrar a liberdade perdida é o mergulho interior rumo ao autoconhecimento. Porém, entende que isso não se dá por meio da razão, e sim da emoção, traduzindo-se numa entrega sensorial à natureza.

Publicou simultaneamente, em 1762, suas principais obras: Do Contrato Social – em que expõe sua concepção de ordem política- e Emílio – minucioso tratado sobre Educação.

Quanto à obra Emílio, em seu contexto não há escola, mas a descrição, em forma vaga de romance, dos primeiros anos de vida de um personagem fictício, filho de um homem rico e entregue a um preceptor para que obtenha uma Educação ideal. Esse jovem é educado no convívio com a natureza, resguardado ao máximo das coerções sociais. Assim, nessa obra, o objetivo de Rousseau é não só planejar uma Educação com vistas à formação futura, mas também com a intenção de propiciar felicidade à criança enquanto ela ainda é criança.

Rousseau via o jovem como um ser integral e instituiu na infância várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo. Foi o precursor da pedagogia de Maria Montessori e John Dewey. Para ele, a criança devia ser educada, sobretudo em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus sentimentos.


Síntese extraída da Revista Nova Escola. Compilação dos volumes 1 e 2 dos grandes pensadores. Ed. Especial, nº 25. Editora Abril. Julho 2009.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

SÍNTESE HISTÓRICA E FILOSÓFICA DA EDUCAÇÃO: AS IDEIAS DE JOHN LOCKE


A influência histórica do inglês John Locke (1632-1704) costuma ser elencada em três grandes áreas: política, filosofia e educação. A grande e duradoura importância de Locke para a história do pensamento está no entrecruzamento dessas áreas de estudo.

Nesse sentido, no que se refere à Educação, compilou uma série de preceitos sobre aprendizado e desenvolvimento, com base em sua experiência de médico e preceptor, que teve grande repercussão nas classes emergentes de seu tempo. Defensor da liberdade individual confere esse seu pensamento ao campo educacional, sugerindo um desenvolvimento próprio pela criança.

Suas investigações sobre o conhecimento o levaram a conceber um aprendizado coerente com a mais famosa afirmação: a mente é uma tabula rasa, expressão latina análoga à ideia de uma tela em branco. É por isso que, para Locke, o aprendizado depende primordialmente das informações e vivências às quais a criança é submetida e que ela absorve de modo relativamente previsível e passivo. Assim, defendia um aprendizado de fora para dentro, ao contrário do que defenderam alguns pensadores da linha idealista.

Os dois fundamentos iniciais de sua obra mais importante, Ensaio sobre o Entendimento Humano, são a negação da existência de ideias inatas e o princípio de que todas as ideias nascem da experiência. Assim, ao combater o inatismo, Locke se opunha às correntes de pensamento que encontravam no ser humano a ideia natural de Deus e noções de moral ou bondade intrínsecas. Acreditava que tudo isso só seria atingido apenas pela razão.

Para Locke, as crianças não são dotadas de motivação natural para a aprendizagem. Desse modo, acreditava ser necessário oferecer o conhecimento a elas de modo convidativo, sobretudo, mediante jogos. Ainda entendia que levá-las a pensar faria com que rompessem a dependência dos sentidos. Não era favorável a castigos, pois afirmava que seu uso poderia fazer com que as crianças se tornassem adultos frágeis e medrosos.


Síntese extraída da Revista Nova Escola. Compilação dos volumes 1 e 2 dos grandes pensadores. Ed. Especial, nº 25. Editora Abril. Julho 2009.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

SÍNTESE HISTÓRICA E FILOSÓFICA DA EDUCAÇÃO: AS IDEIAS DE COMÊNIO



O pensador tcheco Comênio (1592-1670), é considerado o primeiro grande nome da moderna história da Educação.

Embora profundamente religioso, esse pensador propôs uma ruptura radical com o modelo de escola até então praticado pela Igreja Católica, o qual era voltado apenas para a elite, dedicado primordialmente aos estudos abstratos e subordinados a teologia cristã.

Comênio ousou ser o primeiro teórico de um modelo de escola, que deveria ensinar “tudo a todos”, aí incluído, os portadores de deficiência mental e as meninas, que na época eram excluídos da educação.

Comênio correspondia assim a duas urgências de seu tempo: o aparecimento da burguesia mercantil nas cidades europeias e o direito, reivindicado pelos protestantes, à livre interpretação de textos católicos, proibida pela Igreja Católica.

Sua principal obra é Didactica Magna, que marca o início da sistematização da pedagogia e da didática ocidental. Nessa obra realiza uma racionalidade de todas as ações educativas, indo da teoria didática às questões do cotidiano da sala de aula.

A prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza. Propôs que o ensino atendesse aos interesses das crianças e que o professor passasse a ser visto como um profissional e, não mais, como missionário.


Síntese extraída da Revista Nova Escola. Compilação dos volumes 1 e 2 dos grandes pensadores. Ed. Especial, nº 25. Editora Abril. Julho 2009.

HISTÓRIA E IDENTIDADE




Conforme Morais (2010), “Narrar história é, antes de tudo, questão de identidade. É possível ver de que modo as pessoas e mesmo toda uma nação se enxergam a partir da forma como redigem e transmitem suas histórias. O que os povos dizem sobre seu passado nos revela como gostam de ser lembrados e muito do próprio momento em que nasce a narrativa.”

Nesse entendimento, Morais, enfatiza que “é possível lembrar e dizer coisas sobre o passado, mas os motivos, as emoções e os porquês se localizam sempre no momento atual em que as versões da narrativa histórica são criadas e transmitidas”.

No que concerne ao poder da História encontrada nos livros didáticos e ensinada nas escolas, Morais, adverte que “as narrativas contadas muitas e muitas vezes pelos professores acabam se tornando verdades didáticas estanques e inabaláveis, como dogmas de explicação histórica. Poucas vezes repensadas, podem se transformar em memória. Entretanto, não devemos esquecer que tal memória carrega consigo uma mensagem confeccionada, modificada, construída a partir de um ponto de vista, sendo, muitas vezes, vinculada a um projeto maior que engloba a própria ideia de povo e nação financiados e liderados pelo Estado”.

Nessa perspectiva, ainda segundo seu entendimento, “a História ensinada pode simplesmente servir a tais projetos, ou não. Pois ela pode, por outro lado, ser o espelho mágico a nos auxiliar quando procuramos entender quem, de fato, somos e de onde viemos. Dependendo da maneira como é tratada em sala de aula, a História nos ajuda a criar um rosto, a partir das dúvidas e inquietudes lançadas sobre o tempo”.

Contudo, Morais (2010),  nos lembra que “a cada novo olhar são criadas e recriadas novas Histórias que tentam dar conta de refletir o rosto que, então, lentamente ali se forma e que se deforma sem parar em direção ao futuro. Novos olhares, novas histórias, um novo rosto”.


Referência:
MORAIS, Marcos Vinícius (org.). Novos temas nas aulas de História: História Integrada - Historia e identidade 1ª ed. São Paulo: Contexto, 2010.

terça-feira, 26 de julho de 2011

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS





O psicólogo cognitivo e educacional norte-americano Howard Gardner, conhecido em especial por pela sua teoria das inteligências múltiplas, defende a ideia de que a inteligência humana é composta de pelo menos oito competências, a saber:

1. Inteligência Interpessoal - Esta inteligência pode ser descrita como uma habilidade para entender e responder adequadamente a humores, temperamentos, motivações e desejos de outras pessoas. Ela é mais bem apreciada na observação de psicoterapeutas, professores, políticos e vendedores bem sucedidos;

2. Inteligência Intrapessoal - Esta inteligência é o correlativo interno da inteligência interpessoal, isto é, a habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e ideias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais. É o reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligências próprias, a capacidade para formular uma imagem precisa de si própria e usar essa imagem para funcionar de forma efetiva;

3.  Inteligência Espacial – É a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou espacial. É a inteligência dos artistas plásticos, dos engenheiros e dos arquitetos;

4. Inteligência Corporal - Esta inteligência se refere à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo. São as habilidades para usar a coordenação grossa ou fina em esportes, artes cênicas ou plásticas no controle dos movimentos do corpo e na manipulação de objetos com destreza;

5. Inteligência Musical - Esta inteligência se manifesta através de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical. Inclui discriminação de sons, habilidades para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre e, para produzir e/ou reproduzir música;

6. Inteligência Linguística – Se relaciona à sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, além de uma especial percepção das diferentes funções da linguagem. É a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir ideias. Gardner indica que é a habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas;

7. Inteligência Lógico-matemática - É a habilidade para explorar relações, categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada. São as habilidades para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. É a inteligência característica de matemáticos e cientistas;

8. Inteligência Naturalista - traduz-se na sensibilidade para compreender e organizar os objetos, fenômenos e padrões da natureza, como reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de fauna, flora, meio-ambiente e seus componentes. É característica em biólogos e geólogos.


Referência:
http://www.homemdemello.com.br/psicologia/intelmult.html



domingo, 24 de julho de 2011

A BASE LEGAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL


Com a Constituição Federal de 1988 as crianças brasileiras ganharam o direito de serem atendidas em creches e pré-escolas. Conforme artigo 208, inciso IV, “O dever do estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: atendimento em creches e pré-escolas as crianças de 0 a 06 anos de idade”.

Podemos dizer que esse artigo teve um papel importantíssimo na garantia dos direitos da população brasileira e que representa o resultado de lutas de um povo em busca de atendimento educacional a seus filhos pequenos.

Os avanços após a Constituição de 1988 foram sentidos por todos. Após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) em 20 de dezembro de 1996 a Educação Infantil ganhou patamares ainda mais elevados. Três artigos dessa lei se referem à educação infantil e afirmam ser essa educação destinada a crianças menores de 06 anos, como sendo a primeira etapa da educação básica e enfatiza a valorização do desenvolvimento integral das mesmas.

No artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, é possível perceber que há uma preocupação no que se refere à atuação da família em conjunto com a escola, para que as crianças possam alcançar o desenvolvimento esperado em seus vários aspectos. O que pode ser considerado um ponto positivo, visto que a parceria família-escola é fundamental para o sucesso da criança em contexto de aprendizagem.

No artigo 30 da referida lei, fica assegurado o atendimento das crianças de 0 a 03 anos de idade em creches ou entidades equivalentes. Porém, sabemos que no Brasil o atendimento as crianças dessa faixa etária, ainda deixa a desejar, visto que o número de creches públicas ainda não é suficiente para atender toda clientela interessada na educação infantil. No mesmo artigo, também se denomina de pré-escola, a educação destinada às crianças de 04 a 06 anos de idade. Contudo, creches e pré-escolas são termos que servem apenas para indicar a faixa etária das crianças atendidas na educação infantil, independente de sua classe social.

Já no artigo 31 é destacada a avaliação na educação infantil e assegura que a mesma não tem finalidade de promoção, ou seja, as crianças atendidas na educação infantil independente do seu desempenho deverão ser aprovadas. Nessa perspectiva, essa avaliação serve apenas de acompanhamento e registro do desenvolvimento infantil, sem objetivo de promoção, mesmo para acesso ao Ensino Fundamental.

Em 1998 o MEC publicou o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI). Vale ressaltar que o mesmo não tem nenhum valor legal, é um documento que dispõe de sugestões para nortear o trabalho pedagógico em creches e pré-escolas, tem uma proposta de educação abrangente, à medida que explora o Movimento, Conhecimento de si, da natureza e da sociedade, Artes visuais e musicais, Conhecimento lógico-matemático, Linguagem, entre outros. Este documento propõe uma visão global da criança de 0 a 06 anos, focalizando o educar, o brincar e o cuidar e sugere a valorização integral da mesma.

Com a Lei 11.114 de 16 de maio 2005, houve uma alteração na Lei 9.394/96, pois os artigos 6º e 32º passaram a tornar obrigatória a matrícula das crianças com seis anos de idade no ensino fundamental.

Consequentemente foi modificado o artigo 30 que definia que o atendimento das crianças da educação infantil deveria ser de 0 a 06 anos de idade. Passando assim a educação infantil a oferecer educação em creches de 0 a 03 anos de idade e pré-escolas a criança de 04 e 05 anos.

A inclusão destas crianças de 06 anos no ensino fundamental é ainda algo delicado, implica reflexões em torno de como se trabalhar com as mesmas, levando em conta sua idade. Nesse sentido, requer adequação do Projeto Pedagógico Escolar, para poder garantir a todas as crianças a apropriação de conhecimentos, assegurando-lhes o direito de brincar, aprender e criar.

Referências:
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Brasília, 1988.
_______.  Secretaria de Educação Cultura e Desporto. Lei nº 9.394/96. Brasília, Distrito Federal, MEC/SEC, 1996.
_______. Referencial curricular nacional de educação infantil- Ministério da Educação e do Desporto, SEF. Brasília, 1998. 


sábado, 23 de julho de 2011

UMA ANÁLISE DA CRIANÇA ONTEM E HOJE



Não existia ou não se conhecia até o século XVII o sentimento de infância que tornasse a criança diferente dos adultos. Conforme Tunes (2006, p.6):

Houve um tempo em que não existiam crianças no mundo. Foi no século XVII que surgiu a ideia de infância: a sociedade começou a perceber que aqueles pequeninos seres tinham um jeito de pensar, ver e sentir característicos. Com a descoberta da infância nasceu também a preocupação com a educação infantil.

Nesse contexto, até o século XVII as crianças eram vistas, igualmente, como adultos, desempenhavam tarefas, se vestiam e se portavam socialmente como tais. O brincar era algo que as crianças desconheciam, pois eram criadas desde cedo sem nenhum tratamento especial, elas viviam e participavam de um mundo adulto.

Nesse sentido, tiradas do convívio familiar logo aos sete anos, essas crianças eram criadas por famílias estranhas, onde aprendia todo o tipo de serviço doméstico. Esses ensinamentos práticos eram considerados muito importantes naquela época. 


Esse afastamento do convívio familiar gerava uma diminuição do vínculo afetivo, entre a criança e seus pais biológicos. A esse respeito Ariès (1981, apud FARIA, 1997, p.11) pontua:

A família não podia, portanto, nessa época, alimentar um sentimento existencial profundo entre pais e filhos. Isso não significava que seus pais não amassem seus filhos: Eles se preocupavam de suas crianças menos por elas mesmas, pelo apego que lhes tinham, do que pela contribuição que essas crianças podiam trazer a obra comum, ao estabelecimento família. A família era uma realidade moral e social, mais do que sentimental.  
  
Com o passar do tempo essa educação prática do século XVII, deu lugar à educação teórica, que aproximou as crianças de seus pais, havendo por parte dos mesmos uma maior preocupação com seus filhos. Segundo Ariès (1981, apud FARIA, 1997, p.13):

Esta aproximação pais-crianças gerou um sentimento de família e infância que outrora não existia, e a criança tornou-se o centro das atenções, pois a família começou a se organizar em torno dela. No início do século XVII foram multiplicadas as escolas com a finalidade de aproximá-las das famílias, impedindo deste modo o afastamento pais-crianças.

Muitos pensadores se destacaram na luta em defesa da criança e, consequentemente, da infância. Entre eles, destacamos Rosseau, que acreditava na educação como um processo contínuo e natural. Nesta época tiveram início os estudos da psicologia do desenvolvimento, o que contribuiu com um novo olhar para a criança.

Assim, a partir do século XVII, gradativamente, o conceito de infância foi mudando. Com o passar do tempo, o respeito e a valorização da criança foram aumentando e uma nova visão passou a fazer parte da história. Hoje, a criança é vista como um ser social, inserido num contexto social, produtor de cultura, capaz de pensar e com direito de se desenvolver integralmente.


Referências:

FARIA, Sonimar c. de. História e política da educação infantil. IN, FAZOLO, Eliene. [et al]. Educação infantil em curso. Rio de Janeiro, Ravil, 1997. (Coleção da Escola de Professores);

TUNES, Suzel. Rumo à maturidade. Revista Nova Escola, São Paulo, nº 09 (Edição especial) p.6, Editora Abril, abril 2006.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

OS JOGOS NA TEORIA DE PIAGET



Piaget faz uma descrição do jogo durante todo o processo de desenvolvimento da inteligência da criança, mostrando a importância dessa atividade lúdica no processo de desenvolvimento cognitivo, moral e social da mesma.

Na concepção de Piaget (1973), o jogo surge no período sensório-motor, de 0 a 2 anos, quando as ações da criança sobre os objetos acontecem por prazer. Nesse período ela utiliza esquemas já conhecidos, com a intenção de repetir a ação que lhe deu prazer. Apresentando seriedade e atenção em suas ações, ela acomoda e assimila a realidade à sua volta e vai, pouco a pouco, executando ações mentais, produzindo e reproduzindo esquemas que darão início às suas primeiras manifestações lúdicas que se transformam em jogos (jogos de exercício).


No estágio pré-operatório, de 2 a 7 anos, a criança já é capaz de reproduzir um esquema, realizando combinações mentais, e aplicá-lo simbolicamente a novos objetos. Nessa fase surge o símbolo lúdico, que se transforma em esquema simbólico, dando início ao faz-de-conta. É nesse estágio que surge o jogo simbólico, no qual a criança é capaz de utilizar um objeto como símbolo de outra coisa.

De acordo com Piaget (1990), o período pré-operatório é o período de preparação das operações lógico-matemáticas. Para ele, nesse estágio o pensamento da criança é pré-lógico e, portanto, não tem capacidade de reverter mentalmente uma ação. Seu pensamento é dominado pela percepção e, dessa forma, descreve somente o que vê.

Por volta dos 7-11 anos, acontece o período das operações concretas. Para Piaget (1990) esse período é marcado pelo início da cooperação e do raciocínio lógico. Nessa fase, tanto a linguagem se socializa, favorecendo relações interpessoais, como as explicações para os problemas se aproximam mais da realidade. No entanto, seu pensamento é limitado pelo mundo concreto. É nesse período que o jogo de regras se constitui como uma atividade do ser socializado, prolongando-se durante toda a sua vida.

Referências:
PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento da criança. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
_____.  Formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL




Sabe-se que ao longo da história da humanidade o jogo tem se destacado pelo seu valor socioeducativo, histórico e cultural, haja vista a sua inserção no processo ensino-aprendizagem das crianças pequenas, no contexto da sala de aula.

Estudiosos em Psicologia, Pedagogia e Psicopedagogia defendem a ideia de que o jogo, quando bem utilizado, favorece o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, por se tratar de uma atividade que permite a ação espontânea, criando, dessa forma, um ambiente significativo e acolhedor, na perspectiva de que elas podem, ao mesmo tempo, desenvolverem-se e aprenderem enquanto brincam, de maneira prazerosa e autônoma.

Neste entendimento, ressalta-se que o ser humano brinca desde a mais tenra idade, a partir do momento em que a criança pequena passa a manter contato com o objeto transicional. Este, segundo Winnicott (1995), permite à criança, num consentimento estratégico da mãe, tornar-se algo desse mundo de comunicação tônica profunda, para o mundo externo e vice-versa, realizando a ponte entre os sistemas involuntários e voluntários.

A esse respeito, Machado (2001, p.24) explica que:

Com objetos transacionais e o uso que a criança fará deles, surgirá um espaço potencial para que a fantasia e a realidade subjetivamente e objetivamente [...] se mesclem, se misturem, se sobreponham. Capaz de integrar criativamente esses dois mundos, a criança desenvolve o dom da imaginação, diferencia-se dos filhotes de outros animais e passa a viver suas principais experiências culturais.

Assim também acontece com o jogo, pois quando a criança pequena toca os objetos de jogar, simbolicamente, representa o brinquedo transicional na relação professor-aluno, onde através da mediação de uma pessoa mais experiente lança mão de estratégias didático-pedagógicas e sobrepõe aos objetos, movimentos rotativos com os quais mantêm uma estreita comunicação que lhe garante sobreviver a interpretar o mundo. 

Segundo os estudos de Piaget (1990, p.35), “no momento em que o bebê já domina um esquema de ação e o repete simplesmente por uma espécie de prazer funcional, o lúdico vai surgindo para além do que podemos chamar de ditames da sobrevivência”.

Com apoio nos ensinamentos deste teórico, acredita-se que o lúdico vai acontecendo gradativamente, conforme o processo de maturação da criança.

Referências:
MACHADO, Marcondes Marina. O brinquedo sucata e a criança. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2001.
WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade.  Rio de Janeiro: Imago, 1975.
PIAGET, Jean. Formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

EDUCAÇÃO E SOCIEDADE: BREVE RESUMO SOBRE AS VERTENTES FILOSÓFICO- POLÍTICAS




Conforme Luckesi (1994), as vertentes filosóficas e políticas que buscam entender o sentido da educação na sociedade se constituíram ao longo da prática educativa e norteiam o sentido de educação, bem como o direcionamento da ação educativa. São elas: A tendência redentora, a tendência reprodutivista e a tendência transformadora.

Segundo ele, a tendência redentora, que tem como legítimo representante o teórico Comênio, concebe a educação o significado e a finalidade de adaptar o indivíduo ao seu meio social. Nesse sentido, uma educação redentora seria aquela na qual a prática educativa serve, apenas, para reforçar os laços sociais, objetivando garantir a perfeita integração do indivíduo à sociedade. Contudo, essa é uma forma ingênua e não crítica de compreender a relação entre educação e sociedade, visto que a educação interfere absoluta nos destinos e comportamentos de toda a sociedade.

A tendência reprodutivista, é vista por Luckesi, como aquela que interpreta a educação como uma instância a serviço da sociedade. Como representante dessa vertente tem o teórico Althusser, que estudou o papel da escola como um dos aparelhos do Estado. Segundo esse teórico, a escola é o instrumento criado pela sociedade para reproduzir ideologias, conduzir a aprendizagem dos saberes, como também moldar comportamentos compatíveis com os interesses ideológicos do Estado. Embora crítica do ponto de vista do sentido da educação na sociedade, essa perspectiva não aponta caminhos ao educador, senão, o da submissão aos interesses ideológicos dos que detém o poder político-social.

Já a tendência transformadora, é apontada por ele como uma perspectiva filosófico-política crítica e, compreende a educação como mediadora de um projeto social. Os teóricos dessa tendência, como Dermerval Saviani, nem negam que a educação tem papel ativo na sociedade, nem recusam reconhecer os seus condicionantes histórico-sociais. Contrariamente, consideram a possibilidade de agir a partir das condições sociais, objetivando as transformações a que se propõe a sociedade. Nesse cenário, a educação é interpretada como uma instância dialética que serve a um projeto, a um modelo, a um ideal de sociedade, seja esse projeto conservador, transformador ou democrático.

Luckesi ainda pontua que tendo compreendido essas vertentes, importa ao educador, refletir criticamente e escolher qual a tendência que melhor conduzirá o seu trabalho pedagógico.

Referência:
LUCKESI, Cipriano. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1994.

QUE A INCLUSÃO VIRE ROTINA - CRÔNICA

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