ENEM
ABRE INSCRIÇÃO NA SEGUNDA-FEIRA COM NOVAS REGRAS PARA CORRIGIR REDAÇÃO
Ministério
da Educação (MEC) reduziu em cem pontos a diferença máxima que poderá haver
entre as notas dadas pelos dois corretores para que o texto siga para um
terceiro avaliador
As inscrições para a próxima
edição do Exame Nacional do Ensino médio (Enem) começarão na próxima
segunda-feira, às 10 horas, e seguirão até as 23h59 do dia 15 de junho,
informou ontem o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Alvo de contestação
de estudantes e brigas judiciais, a correção das redações passará por mudanças.
Conforme o Estado antecipou, o Ministério da Educação (MEC) reduziu em cem
pontos a diferença máxima que poderá haver entre as notas dadas pelos dois
corretores para que o texto siga para um terceiro avaliador.
Graças a um acordo firmado
com o Ministério Público Federal (MPF), os Alunos terão acesso, apenas para
fins pedagógicos, às redações corrigidas, a partir deste ano. Isso não
significa, porém, que o estudante poderá recorrer da nota concedida.
Assim como em 2011, todas as
redações passarão por dois corretores. Agora, se a diferença entre as duas
notas for superior a 200 pontos - não mais 300 -, um terceiro corretor fará
outra avaliação. Se mesmo assim a discrepância continuar, a redação seguirá
para uma banca de três pessoas, que dará a nota final.
O MEC também instituiu uma
nota máxima de discrepância - 80 pontos - dentro de cada uma das cinco
competências avaliadas na redação. Ou seja: mesmo que um estudante receba 640
pontos do primeiro corretor e 480 pontos do segundo (diferença inferior a 200
pontos), se numa das cinco competências receber 160 pontos do primeiro e 40 do
segundo (diferença superior a 80 pontos), a redação será submetida a uma
terceira análise.
Entre as competências da
redação estão a demonstração de "domínio da norma padrão da língua
escrita" e de "conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários
para a construção da argumentação". Como consequência, haverá aumento no
número de redações submetidas à terceira correção - segundo o MEC, o número de
corretores passará de 3 mil para 4,2 mil, para atender à demanda.
"Redação sempre tem
subjetividade e precisamos ter segurança. Essa grade de análise dará um salto
de qualidade em relação ao que tínhamos. Haverá um aumento de custo, mas ele
será muito menor do que o de um equívoco na correção. Todo esse procedimento de
correção é mais exigente, toda a preparação será mais rigorosa", disse
Mercadante, durante coletiva de imprensa ontem em Brasília. O ministro, porém,
foi taxativo na mensagem aos que se submeterão à prova: "Não muda nada
para quem vai fazer a redação".
Para informar os estudantes
sobre as habilidades avaliadas, o MEC deve divulgar em julho um guia com
exemplos de bons textos e um detalhamento do que se espera em cada competência.
Foi mantida a parceria com a
empresa de gestão de riscos Módulo - o número de itens do check-list que
mapeiam as etapas do exame saltou de 1.276 para 3.439. O Inmetro voltará a
acompanhar o trabalho na gráfica.
Outra mudança anunciada é o
aumento da nota de corte para quem se submeter à prova para obter certificação
de Ensino médio - serão necessários 450 pontos em cada área do conhecimento,
ante 400 da edição passada. A pontuação mínima na redação continua sendo 500
pontos.
Cronograma. O prazo final
para o pagamento da inscrição será 20 de junho - a taxa é de R$ 35. A
divulgação dos gabaritos será feita em 7 de novembro e dos resultados
individuais, 28 de dezembro. Ao todo, o Enem mobilizará cerca de 400 mil
pessoas neste ano, que estarão envolvidas direta ou indiretamente na aplicação
da prova em 140 mil salas de aula. O edital do próximo Enem deve ser publicado
hoje no Diário Oficial da União. A prova será novamente aplicada pelo consórcio
Cespe/Cesgranrio, escolhido sem licitação - o contrato de R$ 372 milhões,
firmado no ano passado, previa a realização de "duas ou mais
edições".
Disponível em:
MARCHA
NACIONAL EM SETEMBRO COBRARÁ RESPEITO AO PISO
Uma paralisação nacional de
24 horas vai acontecer durante a Semana da Pátria, quando cerca de cinco mil
trabalhadores vão marchar em Brasília por uma educação de qualidade. A
mobilização foi definida ontem (25) durante da reunião do Conselho Nacional de
Entidades, a primeira a ser realizada após a greve nacional promovida nos dias
14, 15 e 16 de março.
Durante o debate, chegou-se
ao consenso de que, apesar do piso nacional dos professores estar na pauta da
sociedade, a área educacional ainda não é tratada como prioridade. A Secretaria
Geral da CNTE, Marta Vanelli, afirmou isso pode ser sentido na resistência dos
prefeitos e governadores em pagar o piso, que tem ocasionado greves mais duras
do que no ano passado. "Estamos lutando com os gestores independente dos
partidos", afirmou. "No primeiro semestre tivemos uma luta acirrada.
Embora haja poucos estados em greve agora (Bahia, Sergipe, Piauí), são greves
emblemáticas, porque revelam a incompreensão sobre a lei do piso",
salientou o presidente da CNTE, Roberto Leão.
A manifestação que será
promovida no dia 5 de setembro tem como objetivo justamente reforçar a luta
pela implementação completa da Lei do Piso. Além disso, os trabalhadores vão
destacar a importância de se investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na
Educação. A marcha será precedida de uma vigília na Praça dos Três Poderes.
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