terça-feira, 4 de março de 2014

DESAFIOS EDUCACIONAIS E SUAS IMPLICAÇÕES




Em termos amplos, pensar os desafios da educação nacional nos remete, sobretudo, à: consolidação da garantia do direito a educação pública e de qualidade a todos, sem distinção; avaliação constante das condições as quais o ensino é oferecido; tomada de consciência da necessidade de profundas mudanças de posturas pedagógicas e  a organização do trabalho pedagógico pautado na intencionalidade e sistematização.


No plano mais restrito, implicará, consideravelmente, na tentativa de ampliar, consolidar e ou introduzir novos olhares sobre o fazer pedagógico, o qual além de garantir a alfabetização das crianças na perspectiva do letramento, promovendo assim, o encontro das letras com seu sentido e significado; ainda, ligue-se áreas de conhecimentos, amplie-se e se explore conhecimentos prévios dos alunos, valorizando seus saberes, fatos e vivencias de seu dia a dia, permitindo-se aprofundar suas percepções de mundo.


Contudo, para bendizer os aprendizados dos alunos, é imprescindível a criação de elos de heterogeneidade, onde todos sejam respeitados e valorizados nas suas especificidades, onde todos sejam: Incluídos. Tal construção requer amor à profissão docente, estar atento aos desafios e as demandas da sala de aula, diversificar metodologias de ensino de modo a atender a todos nas suas generalidades e a cada um nas suas especificidades, como também, conduzir o fazer pedagógico pautado numa intenção sistemática.

segunda-feira, 3 de março de 2014

ROTINAS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO


     Historicamente a utilização de rotinas na escola está relacionada aos ideais de eficiência no trabalho e controle da produção, implantados na Revolução Industrial. No Brasil começa a ganhar força nas décadas de 1960/70, contexto educacional em que a educação nacional é ampliada em termos de demanda e que vigora a Corrente Pedagógica Tecnicista, a qual o ensino volta-se ao saber fazer e ao controle do que é ensinado. Gestor e supervisor eram  vistos como responsáveis pelo trabalho intelectual e o professor era o encarregado pela execução do que foi planejado.

                 Nesse contexto, quando se falava em rotinas na escola, pensava-se logo nas atividades que tinham sido planejadas de modo a dividir o conteúdo em pequenas dosagens diárias com o objetivo de se fazer cumpri-las, independente do que pudesse acontecer no decorrer do processo. 

    Essa maneira de organizar o trabalho pedagógico estava baseada em uma concepção de ensino pautada na memorização dos conteúdos. Desse modo, o dia-a-dia da sala de aula era transformado em uma sucessão de atividades repetidas guiadas, em geral, por manuais que garantiam a absorção máxima do que era proposto, planejado. 

      Na década de 1980, com a difusão das teorias construtivistas e sócio-interacionista de ensino-aprendizagem, as práticas pedagógicas de rotinas pré-estabelecidas, que contemplavam a realização diária das mesmas atividades, passaram a ser amplamente criticadas. 

     Por meio de uma interpretação equivocada da teoria construtivista, passou-se a criticar tudo o que se relacionava ao planejamento e a organização do trabalho pedagógico com justificativa de que era “tradicional”. Assim, a sala de aula, muitas vezes, passou a ser um lugar de improviso e imprevistos constantes.

     Contudo, de acordo com as abordagens construtivista e sócio-interacionista de ensino-aprendizagem, é preciso que o professor saiba os conteúdos, os procedimentos de ensino, conheça os seus alunos e o que eles sabem sobre determinados conteúdos. 

                 Nessa perspectiva, a organização do trabalho pedagógico torna-se fundamental e precisa envolver um conjunto de procedimentos que, intencionalmente, devem ser planejados para serem executados durante certo período de tempo, tomando como referência as práticas sociais/culturais dos sujeitos envolvidos, suas expectativas e conhecimentos.

    Dessa forma, o trabalho com rotinas torna-se um caminho seguro já que possibilita a garantia de aperfeiçoar o tempo didático, conforme os objetivos de ensino a serem alcançados, o que favorece a melhor organização do planejamento e o melhor andamento das atividades escolares.

     No ciclo de alfabetização, as rotinas devem favorecer além da organização do tempo e a distribuição das atividades escolares, a garantia da alfabetização na perspectiva do letramento e da interdisciplinaridade.

     Organizar o tempo escolar sugere que seja assegurada ao aluno a garantia da aprendizagem naquele determinado espaço de tempo em que se está na escola, na sala de aula, ou seja, que seja dado ao aluno à possibilidade de diferentes interações com os objetos de ensino, intencionalmente propostos, para aquele determinado tempo de ensino.

     Garantir a alfabetização na perspectiva do letramento sugere a construção de rotinas escolares em que se contemplem os diferentes eixos de ensino da língua, por meio de um planejamento elaborado com base na realidade de cada aluno na escola e que favoreça a autonomia e criatividade dos mesmos no mundo da leitura e escrita.

     Embora no Ciclo de Alfabetização o foco principal do trabalho pedagógico seja a garantia da alfabetização, o professor deve disponibilizar em sua rotina um lugar para o trabalho com as demais áreas de ensino, buscando sempre que possível fazer a articulação das mesmas com os objetivos da alfabetização, favorecendo a interdisciplinaridade e a garantia dos direitos de aprendizagem das demais áreas de ensino.

    No planejamento das rotinas semanais para o Ciclo de Alfabetização é importante diversificar as atividades com leituras diversas, jogos de alfabetização, registros e produções textuais, rodas de conversa, interpretações de textos e contextos, utilização dos livros didáticos das várias áreas de ensino, o trabalho com projetos de sala de aula e ou projetos permanentes da escola, a utilização de salas de apoio (leitura, vídeo e informática - devem ser utilizadas prioritariamente para o trabalho com a alfabetização e o letramento), entre outras atividades.

                            
                        Fonte: Cadernos Pacto – Unidade 02 – Anos 1,2,3 e Educação do Campo







QUE A INCLUSÃO VIRE ROTINA - CRÔNICA

  Que a inclusão vire rotina, para aqueles e aquelas que se consideram tímidos e por isso se sentem invisíveis na sala de aula. Que a incl...