quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ATÉ BREVE...

Para os que costumam acessar Maria Silva- Educação e Companhia informo que passarei um período sem publicar novas postagens. Obrigada e até breve...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

SÓ PARA REFLETIR!



Escolhas

Você pode curtir ser quem você é, do jeito que você for, ou viver infeliz por não ser quem você gostaria.

Você pode assumir sua individualidade, reprimir seus talentos e sonhos, tentando ser o que os outros gostariam que você fosse.

Você pode produzir-se e ir se divertir, brincar, cantar e dançar, ou dizer em tom amargo que já passou da idade ou que essas coisas são fúteis, não sérias e bem situadas como você.

Você pode olhar com ternura e respeito para si próprio e para as outras pessoas, ou com aquele olhar de censura, que poda, pune, fere e mata, sem nenhuma consideração para com os desejos, limites e dificuldades de cada um, inclusive os seus.

Você pode amar e deixar-se amar de maneira incondicional, ou ficar se lamentando pela falta de gente à sua volta.

Você pode ouvir o seu coração e viver apaixonadamente ou agir de acordo com o figurino da cabeça, tentando analisar e explicar a vida antes de vivê-la.

Você pode deixá-la como está para ver como é que fica ou com paciência e trabalho conseguir realizar as mudanças necessárias na sua vida e no mundo à sua volta.

Você pode deixar que o medo de perder paralise seus planos ou partir para a ação com o pouco que tem e muita vontade de ganhar.

Você pode amaldiçoar sua sorte, ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a Vida lhe oferece.

Você pode mentir para si mesmo, achando desculpas e culpados para todas as suas insatisfações, ou encarar a verdade de que, no fim das contas, sempre você é quem decide o tipo de vida que quer levar.

Você pode escolher o seu destino e, através de ações concretas, caminhar firme em direção a ele, com marchas e contramarchas, avanços e retrocessos, ou continuar acreditando que ele já estava escrito nas estrelas e nada mais lhe resta a fazer senão sofrer.

Você pode viver o presente que a Vida lhe dá, ou ficar preso a um passado que já acabou, e portanto não há mais nada a fazer, ou a um futuro que ainda não veio, e que portanto não lhe permite fazer nada.

Você pode ficar numa boa, desfrutando o máximo de coisas que você é e possui, ou se acabar de tanta ansiedade e desgosto por não ser ou não possuir tudo o que você gostaria.

Você pode engajar-se no mundo, melhorando a si próprio e, por conseqüência, melhorando tudo que está à sua volta, ou esperar que o mundo melhore para que então você possa melhorar.

Você pode continuar escravo da preguiça, ou comprometer-se com você mesmo e tomar atitudes necessárias para concretizar o seu Plano de Vida.

Você pode aprender o que ainda não sabe, ou fingir que já sabe tudo e não precisa aprender nada mais.

Você pode ser feliz com a vida como ela é, ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é.

A escolha é sua ... E o importante, é que você sempre tem escolha. Pondere bastante ao se decidir, pois é você quem vai carregar sozinho e sempre o peso das escolhas que fizer.

Pondere bastante ao se decidir, pois é você quem vai carregar sozinho e sempre o peso das escolhas que fizer.

Autor: Luis Borges

NOTÍCIAS EDUCACIONAIS




UNIVERSIDADE E ESCOLA TÊM QUE ESTAR ALINHADAS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

É preciso que as universidades estejam alinhadas com as escolas na formação dos professores da Educação Básica. Esse foi o consenso a que chegaram especialistas reunidos na sessão “Formação inicial do professor”, realizada nesta quarta-feira (14) no Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente”.

Sem uma articulação entre os centros formadores e as escolas, falta aos docentes que ingressam no dia a dia das escolas preparo para a área em que vão atuar. “Os professores que fazem licenciatura têm pouco conhecimento pedagógico, e os de pedagogia têm pouco conteúdo especifico”, disse Isaac Roitman, coordenador do Grupo de Trabalho de Educação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).



AMÉRICA LATINA FAZ ESFORÇO POR EDUCAÇÃO

ONGs lançam rede para ajudar poder público a melhorar qualidade e acesso ao ensino em vários países

Organizações não governamentais formadas por empresários, educadores e profissionais de diferentes áreas em 13 países da América Latina lançaram em Brasília, a Rede Latino-Americana de Organizações da Sociedade Civil pela Educação. Com perfis distintos, as entidades são um retrato da mobilização social para auxiliar o poder público a melhorar a qualidade e o acesso ao ensino.

Em declaração conjunta, as ONGs dizem que 23 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos estão fora da escola no continente. O documento destaca que a situação tampouco é boa para quem está estudando: "A qualidade do aprendizado é muito baixa em todos os níveis e muito desigual entre grupos socioeconômicos e étnicos". 

DIDÁTICA COMO INSTRUMENTO OU FUNDAMENTO



De acordo com Libâneo (1994), entre a Pedagogia, a Didática e a Sociedade existem relações de interdependências. Nesse contexto, a função da didática é organizar o processo de ensino-aprendizagem para efetivação da ação educativa.

No desenvolvimento da prática pedagógica, o professor pode se utilizar de diferentes didáticas, levando sempre em consideração alguma teoria que aceita como válida e eficaz para conduzir o processo de ensino-aprendizagem. A didática pode servir como um fundamento da ação educativa ou, apenas, como um instrumento técnico. Logo:

Quando a ação do professor fundamenta-se numa Didática Instrumental, sua prática se dá de forma isolada; sem contextualização; a histórica; desvincula-se da problemática do “para que” e do “porque” ensinar; baseia-se no pressuposto da neutralidade científica e técnica e, reduz-se a apenas a dimensão técnica do processo de ensino-aprendizagem;


Quando a ação do professor apoia-se numa Didática Fundamental, sua prática se dá de forma contextualizada; comprometida com a libertação e com a transformação social; considera a pesquisa e a realidade do aluno; faz-se  uma mediação multidisciplinar, ou seja, leva-se em consideração o aspecto humano, técnico e político-social do processo de ensino-aprendizagem.

MOMENTO POÉTICO


Cecília Meireles

"O Amor...

É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!"

sábado, 17 de setembro de 2011

EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


Fazendo um pequeno retrospecto histórico da evolução do conceito de Educação de Adultos, no plano internacional e nacional, é possível constatar que a mesma sofreu mudanças de concepções conceituais, que muitas vezes, serviram para atender a objetivos políticos e econômicos das esferas governamentais. No entanto, podemos dizer que, historicamente, surgiram diversas concepções acerca da educação de jovens e adultos e, isso tem contribuído para a evolução do seu conceito.

Assim, até a segunda guerra mundial, no plano internacional, a educação popular era concebida como extensão da educação formal. Entretanto, com a I Conferência Internacional sobre a Educação de Adultos, realizada na Dinamarca em 1949, a educação de adultos é concebida como educação moral. O que segundo Gadotti (2000), se justificou pelo fato da escola não haver conseguido evitar a barbárie da guerra, por ela não ter dado conta de formar o homem para a paz. Por isso se fazia necessário uma educação “paralela”, fora da escola, cujo objetivo seria contribuir para o respeito aos direitos humanos e para a construção de uma paz duradoura, o que seria uma espécie de educação continuada para jovens adultos mesmo depois da escola.

Já a II Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, realizada em Montreal (1963), apresenta dois enfoques diferenciados para a educação de adultos: a educação de adultos compreendida como uma continuação da educação formal e permanente e, a educação de base ou comunitária.

Na III Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, realizada em Tókio (1972), a educação de adultos volta a ser entendida como extensão da escola formal, tendo por objetivo reintroduzir jovens e adultos analfabetos, no sistema formal de educação.

A IV Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, realizada em Paris (1985), se caracterizou pela pluralidade de conceitos. Conforme Gadotti (2000, p.34):

Foram discutidos muitos temas, entre eles: alfabetização de adultos, pós-alfabetização, educação rural, educação familiar, educação da mulher, educação em saúde e nutrição, educação cooperativa, educação vocacional, educação técnica. Dessa forma, a Conferência de Paris, “implodiu” o conceito de educação de adultos.

A Conferência Mundial sobre Educação para todos, realizada em Jomtien, Tailândia, em 1990, concebe a alfabetização de jovens e adultos como a primeira etapa da educação básica, consagrando a ideia de que a alfabetização não pode ser separada das necessidades básicas de aprendizagem.

A V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, realizada no ano de 1997 em Hamburgo (Alemanha), apresentou-se diferentemente das conferências anteriores, pois, foi estruturada através de amplos processos de consultas, preparativos e em estratégia continuada. Assim, foram realizadas, inicialmente, conferências regionais, objetivando traçar as diretrizes e metas pretendidas para a educação de jovens e adultos no cenário mundial. Diante dos debates e discussões ocorridos na conferência, foram elaborados dois documentos que apresentavam as recomendações, diretrizes e metas para esse segmento: A Declaração de Hamburgo e a Agenda para o Futuro.

A elaboração desses documentos pautou-se no desenvolvimento centrado no ser humano, entendendo que a existência de uma sociedade participativa somente será alcançada quando for segmentada no respeito aos direitos humanos. Dentro desse contexto, a educação de adultos foi entendida como uma significativa colaboradora na construção de sujeitos participativos socialmente.

Quanto ao plano nacional, até a segunda guerra mundial, a educação de adultos foi integrada à chamada educação popular. No entanto, após a segunda guerra, seguindo as tendências mundiais, a educação de adultos foi concebida basicamente como independente da educação elementar, servindo, muitas vezes, a objetivos políticos populares.

Segundo Souza (1992, p.1), no contexto nacional atual a educação de adultos pode ser compreendida como:

Uma ação voltada à escolarização de jovens e adultos trabalhadores que ou não passaram por uma instituição de ensino (oficial ou extraoficial) em tempo hábil; ou tiveram experiências curtas, geralmente fracassadas, e não consideradas, e que não se alfabetizaram de todo. Também a entendemos como a política educacional proporcionada tanto pelo poder público, quanto pelos movimentos populares (entidades sindicais, instituições de ensino, órgãos consultivos e de pesquisa, associações coletivas, ONGs, etc.) a grupos de jovens e adultos trabalhadores pouco alfabetizados.

Nessa perspectiva, compreende-se que a educação de jovens e adultos se constitui numa modalidade de ensino que está a serviço de jovens e adultos que de alguma forma desejam iniciar seus estudos no âmbito da alfabetização ou retomá-los em nível fundamental ou médio, podendo essa modalidade de ensino ser ofertada tanto pelos poderes públicos quanto por entidades não governamentais.

Referências:

GADOTTI, Moacir, ROMÃO, E. José (org). Educação de jovens e adultos: teoria, prática e propostas. 2.ed. Ver. – São Paulo, Cortez: Instituto Paulo Freire, 2000;

SOUZA, Sandra Soares de. Breve Histórico da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Natal, UFRN, 1992.



SÓ PARA REFLETIR!



Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.

Às vezes nos falta esperança.

Às vezes o amor nos machuca profundamente, e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.

Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar...é nossa razão de existir.

Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino.

Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.

Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um pôr do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto.

É a força da natureza nos chamando para a vida.

Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade.

Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo.

Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo, e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram...

Descobre também que outras disseram eu te amo uma única vez.

E agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrado.

Assim ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu, são fatores importantes: a relação com a família, as condições econômicas nas quais se desenvolveu (dificuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter), os relacionamentos anteriores e as razões do rompimento, seus sonhos, ideais e objetivos.

Não deixe de acreditar no amor. Mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá. Manifeste suas ideias e planos, para saber se vocês combinam. E certifique-se de que quando estão juntos, aquele abraço vale mais que qualquer palavra. Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.

Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco. 

Pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado.


Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário.

Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.

A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.

A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem...

François de Bitencourt

Disponível em:  
http://www.bilibio.com.br/mensagem/926/Reflexoes+sobre+o+amor+e+a+vida.html

CRIANÇAS X TRABALHO



Historicamente sempre nos confrontamos com os chamados complexos de gerações buscando explicações sobre o porquê de crianças e adultos caminharem em direções opostas na sociedade em que estamos inseridos.

Desde sua colonização até os dias atuais, uma característica do Brasil é a expropriação da mão-de-obra barata pelos poderosos que administram o capital brasileiro. Foram explorados índios, negros, homens brancos de baixa renda que viviam ou vivem em servidão aos donos do capital, que mandam pela força de uma exploração selvagem que reina até hoje, em nosso país.

As crianças herdeiras do fracasso financeiro de seus familiares não tem como fugir a regra. Pela a história da formação de nossas etnias, elas foram exploradas no monocultivo da cana-de-açúcar na zona canavieira, nos laranjais do sul do Brasil, na cultura algodoeira do nordeste brasileiro, além de diversas outras atividades de trabalho nos grandes centros urbanos do território nacional.

Com as ressalvas acima, há uma demonstração que numericamente acumulou-se no Brasil no decorrer de sua história: a existência de algumas razões que devem ser apontadas sobre a exploração das crianças em atividades diversas, que comprometem sua dedicação a escola e aos estudos, o que de certa forma, compromete também, o desenvolvimento e crescimento intelectual das mesmas.

É comum depoimentos de pessoas com faixa etária avançada demonstrar insatisfação por desconhecerem o saber, em virtude de terem sido exploradas pelo trabalho quando crianças. Contudo, graças a constituição federal de 1988, houve uma demonstração de preocupação em relação às crianças por parte dos legisladores sobre como os adultos, Estado e sociedade devem atendê-las. A regulamentação 8069/90 destaca que devemos tratá-las, especialmente, oportunizando-as o crescimento intelectual e moral.

Nesse sentido, pode-se considerar que a maturidade de uma sociedade em busca da formação de homens de valores com base na ética e moral é adequado que procure valorizar a criança e empenhe-se na sua formação, para que possamos formar homens de caráter, onde reina a justiça e a solidariedade, evitando que homens sejam discriminados entre si, para que possa vencer a violência e a exploração do homem pelo homem.



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A LEITURA NA ESCOLA



Sabe-se que a leitura não é uma simples prática escolar, mas um processo desencadeado pela vontade ou necessidade do leitor em compreender textos.

Em conformidade com Andaló (2000, p.48):

Na verdade, o objetivo da escola sempre foi formar cidadãos capazes de “ler o mundo”, produzindo discursos orais ou escritos, adequados a diferentes situações enunciativas, compreendendo o que está escrito e o que está subtendido, numa leitura que consegue selecionar conteúdos, inferir interpretações e antecipar significados nos mais diferentes gêneros de textos.

Nesse sentido, para que a escola consiga transformar crianças em leitores competentes é preciso superar a concepção escolar da leitura como objeto de ensino. Aprender a ler subentende aprender a escrever, logo, ambas são atividades interligadas e complementares. Não se pode tratar a leitura como objeto isolado, pois tal procedimento não possibilitará a significativa apropriação do mundo da escrita.

Hoje se sabe que a escola deve considerar as condições de letramento da criança e, a partir daí, iniciar o processo de alfabetização. Nesse processo de apropriação da escrita, a criança sentirá a necessidade de compreender o que está escrito (leitura) e depois desejará escrever tendo em mente algum objetivo. Porém, muitas vezes, a escola nega o grau de letramento da criança, desconsiderando o que ela já sabe em relação aos usos sociais e as funções da escrita.

Desse modo, para melhorar as condições de qualidade nas práticas de leitura e escrita da escola, torna-se necessário um maior comprometimento do professor alfabetizador, no sentido de mostrar a estreita relação existente entre leitura e escrita. Schimitt (2002, p.16) trata dessa questão quando diz:

A sociedade exige, hoje, maior comprometimento e dinamicidade por parte do professor. É necessário que ele abrace a causa do conduzir à produção dos mais variados tipos de textos que povoam o cotidiano da sociedade. Abrace também, a causa do querer ouvir (ler) o que o outro (aluno) tem a dizer, pelo prazer de poder compartilhar de suas ideias e posicionamentos sobre determinadas situações ou assuntos. É indispensável que ele incentive os outros a ouvirem (lerem) o que o outro (aluno) tem a dizer, atribuindo dessa forma, ao texto a sua real função, a interação.

Além disso, a prática de leitura requer o interesse pelo texto e, para tanto, é necessário que o professor trabalhe com o aluno a ideia de que no processo de aprendizagem escolar, ele não poderá ler apenas o que lhe agrada.

Assim, somente quando saltarmos as barreiras escolares sobre concepções ultrapassadas de leitura e escrita é que iremos formar leitores realmente competentes.

Referências:

ANDALÓ, Adriane. Didática de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental: alfabetização, letramento, produção de textos em busca da palavra- mundo. São Paulo: FTD, 2000.
SCHIMITT, Loiri M. C., OLIVEIRA, Esther G. Texto-Interação-Prazer. Presença pedagógica, v.08, nº 43, Jan./fev./2002.






quinta-feira, 15 de setembro de 2011

COMO SE DÁ O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SEGUNDO A PERSPECTIVA PSICOPEDAGÓGICA?




Segundo Silva (1998), a construção do conhecimento psicopedagógico só pode ser pensada através da interrelação de três eixos: a dimensão cognitiva, a dimensão relacional e a dimensão afetiva. Nesse sentido, tal processo engloba aspectos do próprio sujeito que conhece.

Nessa perspectiva, a partir da psicopedagogia pode-se inferir que a causa dos problemas de aprendizagem não se encontra unicamente na estrutura individual, uma vez que o sintoma também pode se inscrever em decorrência de uma série de fatores, tais como, metodologia pedagógica; vínculo do sujeito com a escola e professores; a trama particular dos vínculos familiares, entre outros.

COMO SE ESTABELECEU O CAMPO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM?

O campo das dificuldades de aprendizagem tem suas origens nos Estados Unidos e Canadá, delimitando-se oficialmente a partir de 1963, quando em 06 de Abril deste ano, um grupo de pais reuniu-se em Chicago por terem algum filho que manifestavam dificuldades persistentes na aprendizagem da leitura.

O renomado Psicólogo Samuel Kirk, que trabalhava com crianças com atraso mental, dificuldades da linguagem e da leitura, propôs que esses inexplicáveis obstáculos observados na aprendizagem da leitura, que não se relacionavam ao nível intelectual, ambiental ou educativo, poderiam ser chamados de dificuldades de aprendizagem.

Sleeter (1990) explica que as dificuldades de aprendizagem foram criadas para justificar o fracasso das crianças oriundas de grupos sociais privilegiados.

Miller (1993) pontua que as dificuldades de aprendizagem não passam de justificativa para o recebimento de fundos e serviços educativos. Ele acredita que o mito das dificuldades tornou-se real a partir de três crenças: de que a causa das dificuldades está no indivíduo; de que essas pessoas são inferiores em sua capacidade de aprendizagem acadêmica; e de que necessitavam de ajuda e aulas especiais para solucionar suas dificuldades.

O QUE PODEMOS ENTENDER POR DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM?


Entende-se por dificuldades de aprendizagem um grupo de transtornos que se manifestam através de atrasos de leitura, escrita, soletração e cálculo, em pessoas com inteligência potencialmente normal ou superior e sem deficiências na visão, audição, motricidade ou desvantagens culturais. São transtornos que não ocorrem em todas as áreas de uma só vez, podendo se relacionar a problemas de comunicação, atenção, memória, raciocínio, coordenação, adaptação social e problemas emocionais.

NOTÍCIAS EDUCACIONAIS



RELATÓRIO: BRASIL AUMENTOU EM 121% OS GASTOS COM ALUNO

Relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que, entre 2000 e 2008, o Brasil foi o País que mais aumentou os gastos por aluno da educação primária até o segundo ciclo da educação secundária (ensino médio). O aumento, de 121%, é o maior entre os 30 países que disponibilizaram dados para a entidade.

No entanto, os 48% de aumento de gastos registrados na educação superior não foram suficientes para acompanhar o crescimento do número de alunos, que foi 57%. Com isso, o gasto por estudante nessa fase de ensino sofreu uma queda de 6%.

O estudo acrescenta que, em termos de porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil é o que apresentou maior alta (1,8 ponto percentual) nos gastos com instituições educacionais, entre os 32 países que apresentaram dados, passando de 3,5% para 5,3%. Mesmo assim, o País ainda está situado em um patamar inferior à média da OCDE, que é 5,9%.

Na avaliação da OCDE, os números indicam que o Brasil tem priorizado a educação, "com significativas mudanças no financiamento público", tendo por base a comparação entre o gasto público em educação e o total do gasto público. O maior aumento percentual em gastos no orçamento público foi com educação, que cresceu de 10,5%, em 2000, para 17,4%, em 2008. De acordo com a OCDE, esta é a terceira maior proporção registrada.




MEC ESTUDA AMPLIAR TEMPO DE ALUNO NA ESCOLA

Para aumentar a exposição ao conhecimento, ministério discute expandir carga 
horária, com jornada maior ou mais dias no ano letivo

O Ministério da Educação (MEC) estuda aumentar o número de horas que os alunos passam na escola, com a ampliação gradativa do ano letivo de 200 para 220 dias, ao longo de quatro anos, e/ou com o aumento da quantidade de horas dentro da escola.

Segundo o ministro Fernando Haddad, a proposta é discutida com União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. A declaração foi feita na abertura de um congresso internacional promovido em Brasília pelo movimento Todos Pela Educação.
A ideia surgiu com base em estudo coordenado pelo secretário de Ações Estratégicas da Presidência, Ricardo Paes de Barros, que mostra que o aprendizado se relaciona com a exposição ao conhecimento.

"No Brasil essa exposição é baixa, seja porque a carga horária diária é baixa, seja porque o número de dias letivos é inferior ao de outros países", disse Haddad.

Uma das possibilidades consideradas é a antecipação das metas do Programa MaisEducação, do governo federal, que prioriza a Educação integral. Segundo Haddad, há 15 mil escolas no programa, com carga de sete horas por dia. A meta para 2014 é de alcançar 32 mil, objetivo que pode ser antecipado pela presidente Dilma Rousseff, para 2013.

Outra proposta é aumentar o número de dias letivos, principalmente por causa da falta de estrutura física das escolas, o que seria realizado por um projeto de lei. "Não aprovaremos um projeto de lei sem haver consenso. Não vamos encaminhar sem antes receber o aval daqueles que vão executar isso", afirmou.
Haddad diz que as propostas não são excludentes e há orçamento para a ampliação. "Estamos prevendo aumentar o investimento de 7% do PIB."

Para o deputado federal Gastão Vieira, presidente da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação, a iniciativa é positiva. "Tudo que deixar o aluno dentro da escola, criando condições para ele efetivamente aproveitar esse tempo, é bem-vindo", disse.

O Consed afirma que vai conversar com os Estados sobre a proposta. "Esse aumento vai ter de ser muito debatido com os professores, por conta da redução das férias, e com os municípios, que negociam o transporte com os Estados, por exemplo", disse a presidente Maria Nilene da Costa.



16 DE SETEMBRO É DIA DE AULA CIDADÃ NAS ESCOLAS

Estudantes das escolas públicas do Brasil terão uma aula diferente no dia 16 de setembro. Neste dia a CNTE promoverá, em parceria com seus sindicatos filiados, uma atividade nacional para chamar a atenção da sociedade sobre os temas de maior relevância para a educação pública na atual conjuntura. Serão aulas nas escolas sobre Piso, Carreira e PNE.
Acesse e imprima o Plano de Aula e o abaixo-assinado


MOMENTO POÉTICO



(LADY RUDGEN)


RAZÃO E EMOÇÃO

EMOÇÃO, CORAÇÃO, SENSAÇÃO...
SENTIMENTOS ATORDOADOS EM UMA
DIMENSÃO ALÉM DO INFINITO...!!! AFLITO!!

EMOÇÃO, SENTIMENTOS PUROS, ÀS VEZES OCULTOS,
SEM DEIXAR NOTAR, MAS NOTÓRIO...
À SENSIBILIDADE EMOTIVA DO SER!!!

RAZÃO, PERFEIÇÃO, EXALTAÇÃO...
CONCRETO, CORRETO, SENTIMENTOS LÓGICOS..
LIMITADO, CALMO !!!MATEMÁTICO!!

NO AMOR,  A RAZÃO E A EMOÇÃO...
VÃO ALÉM DOS LIMITES DE QUALQUER..
PORÇÃO DE ENTENDIMENTO DESSES DOIS TIPOS
DE FILOSOFIA DO SER....
QUE RESSALTA APENAS O QUERER BEM DE ALGUÉM ....!!!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SÓ PARA REFLETIR!



A Importância do Perdão

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:

- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo.

Desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e passou mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:

- Filho como está se sentindo agora?

- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então lhe diz ternamente:

- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você

O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras;

Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações;

Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos;

Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter;
Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.





FRAGMENTOS DE MARIA



Certa vez, num "distante" tempo histórico (minha adolescência), folheava um jornal e encontrei um belíssimo texto do colunista F. Pereira Nobrega. Li o texto e encontrei nele muito de minhas características adolescentes, recortei-o do jornal, o guardei em minha caixa de memórias e agora o publico.

A FILHA

Ela se veste, se pinta, se vai. Para onde sempre diz. Tomou posse de sua vida. Quer sentir-se dona de seu nariz. É a marca registrada de sua idade.

Foi tudo tão rápido! Quisemos ter um filho e a primeira criança foi ela. Até então, na garganta da mãe dormiam canções de ninar que aguardam o primeiro filho para fazê-lo sonhar. Na Sua imaginação podiam ser contadas estórias de reis e de fadas, de príncipes encantados, de ilhas de mistérios e miragens do além. Diante do berço vazio todas elas montavam a vigília da esperança de transmitir a vida.

Mas o berço sumiu com a criança na primeira esquina do passado. A menina que carreguei no colo é hoje a jovem que se carrega. Cresceu sem pedir licença. Fez moça sem ser convidada.

A jovem se posta diante do espelho e sente obrigação de contribuir para que no mundo haja mais beleza. Descontente consigo mesma, reclama sempre de algo de seu corpo, talvez o nariz, talvez o cabelo. Teme emagrecer, teme engordar.

Seus passos se perderam de meus passos. A mão não mais segura à mão, quando a filha se deixava guiar pelo pai. Nem suas palavras são mais de quem a ensinou a falar. De sua “galera” diz que é “massa”.

Seus ritmos não são meus ritmos. Ri de minhas canções prediletas com ares de tempos idos. Fala de seus cantores, de seus ídolos. Sente saudades até de quem nunca viu, como os Beatles, dos anos 60.

Chegou triste, falou pouco, trancou-se. Terminou um amor? Não me preocupo, não é nada grave. São coisas da idade. Um dia eu a coloquei vazia num berço vazio, sem os segredos que hoje carrega. Cresce a interioridade no adulto que com segredos ninguém nasce. Ela era uma porta aberta quando nasceu. Hoje se fecha por dentro e só ela tem a chave.

Quase todas essas histórias terminam iguais. Um dia ela vai me dizer: apresento seu futuro genro. Posso gostar, não gostar. Só não posso dizer que genro meu não será. A gente tem filhos para perdê-los nas mãos de outros que não os criaram. A liberdade que tive de pôr uma criança no mundo é que ela terá de fazer sua vida por seus próprios passos.

Em nossas relações vai terminando a era do mando. Parece que vai se acabando o pai, só o amigo ficará. Quando a hora é difícil, ela me procura, me confidencia. O pai manda cada vez menos nesta amiga que o acata cada vez mais. Não é mais a mão segurando a mão. Mas ainda é coração preso ao coração.

Em minha casa, há muito tempo, um berço ficou vazio e já foram cantadas todas as canções de ninar. Como se ainda as ouvisse, agora eu é quem vou adormecendo. Se passar por aí uma jovem que se parece comigo, se vibra com as canções de Axl Rose, se gosta de aeróbica, se ainda discute consigo que profissão seguirá- você já adivinha que é ela. Trate-a bem. Sou eu depois de mim. Ela é minha contribuição para uma humanidade mais livre e responsável. Mais bela, também.


CRONOGRAMA DE REUNIÕES DO FUNDEB - JARDIM DE PIRANHAS

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO BRASIL - PERSPECTIVAS PROGRESSISTAS



Conforme Libâneo (1994), as tendências de cunho progressista surgem com propostas pedagógicas voltadas para os interesses da maioria da população e ganharam maior força no Brasil por volta dos anos 80. Essas teorias também são denominadas de teorias críticas da educação.

Pedagogia Libertadora- No início dos anos 60, surgiram movimentos de educação de adultos que geraram ideias pedagógicas e práticas educacionais de educação popular, configurando a tendência que veio a se denominar de pedagogia libertadora.

A atividade escolar nessa perspectiva pedagógica é centrada na discussão de temas sociais e políticos; na realidade social, em que o professor e alunos analisam problemas e realidades do meio sócio-econômico e cultural, da comunidade local, com seus recursos e necessidades, tendo em vista a ação coletiva frente a esses problemas e realidades.

O trabalho escolar não prioriza os conteúdos de ensino já sistematizados, mas o processo de participação ativa nas discussões e nas ações práticas sobre questões da realidade imediata. É uma didática que busca desenvolver o processo educativo como tarefa que se dá no interior dos grupos sociais e por isso o professor é coordenador ou animador das atividades que se organizam sempre pela ação conjunta dele e dos seus alunos.

A Pedagogia libertadora empregada com muito êxito em vários setores dos movimentos sociais, como sindicatos, associações de bairros e comunidades religiosas.

Pedagogia Crítico-social dos Conteúdos- Para essa tendência pedagógica a escola pública cumpre a função social e política de assegurar a difusão dos conhecimentos sistemáticos a todos, como condição para efetiva participação do povo nas lutas sociais. Do ponto de vista didático, o ensino consiste na mediação de objetivos-conteúdos-métodos que assegure o encontro formativo entre alunos e as matérias escolares, que é fator decisivo da aprendizagem.

A Pedagogia Crítico-social dos Conteúdos atribui grande importância a didática, cujo objetivo de estudo é o processo de ensino e suas relações e ligações com a aprendizagem. Os conhecimentos teóricos e práticos da didática medeiam os vínculos entre o pedagógico e a docência; fazem a ligação o “para que” (opção político-pedagógica) e o “como” da ação educativa escolar (a prática docente).

Essa abordagem pedagógica toma como partido os interesses majoritários da sociedade, atribuindo à instrução e ao ensino o papel de proporcionar aos alunos o domínio de conteúdos científicos, os métodos de estudos e, habilidades e hábitos de raciocínio científico, de modo a irem formando a consciência crítica face às realidades sociais e capacitando-os a assumir no conjunto das lutas sociais a sua condição de agentes ativos de transformação da sociedade e de si próprios.


Referência:
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério 2º grau- Série formação do professor)

QUE A INCLUSÃO VIRE ROTINA - CRÔNICA

  Que a inclusão vire rotina, para aqueles e aquelas que se consideram tímidos e por isso se sentem invisíveis na sala de aula. Que a incl...